quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

goodbye.

Eu não consigo me lembrar o que deu errado daquela vez. A única coisa eu tenho certeza, é que eu sentaria com qualquer amigo meu na guia da rua, e contaria exatamente como seria. Os nomes, o sexo, a localização, a cor da parede, o que quisessem saber, eu estaria lá para rir do passado e me orgulhar daquele futuro. Eu dei um segundo para que as coisas voltassem a ser como antes, eu dei um segundo para tudo, e quando por mais uma vez eu tentei, aquele segundo passou e da li em diante eles não me pertenceriam mais. Eu teria que comprar um relógio novo, um tempo diferente, um novo dia pra eu circular no calendário, quando chegasse aquele mês. Hoje eu perco meu jeito com as palavras, nem sei se meu sorriso bobo ainda parece bonito. Eu deitei na minha cama e soube como seria amanhã, mas não depois disso. Eu deitei na minha cama e desejei saber o que eu contaria caso eu cruzasse com amigo meu na rua, e ele quisesse saber o que a vida guarda pra mim. Eu ainda vou andar pelas ruas, mas não poderei mais te contar que cor teve o meu dia, ou se eu me perdi por aí. Eu ainda vou rir, mas não saberei mais te contar a piada. Eu ainda vou chorar, mas um dia será por outro motivo.

Um dia eu vou sorrir e saberei que poderia ter sido pela mesma coisa de sempre, mas não foi.

16/01/07.

2 comentários:

Mikas disse...

Esse é o texto mais lindo que eu li de você marys. E eu adoro conseguir entendê-los, adoro saber que vou conseguir decifrar suas metáforas e seus eufemismos.

a cor, pode ser qualquer uma, menos cinza, menos cinza.

Martinz disse...

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