Não que isso me esmague e me coloque pra baixo, mas os três últimos dias da minha vida estão desafiadores e em um nível de chatice que se, traduzidos em palavrões, renderiam um belo ouvido-pinico para quem ouvisse. Eu sabia que estava ficando tarde para eu mudar a minha conduta, e ao invés de mudar, eu torcia por um tempo á mais. Quando eu abri aquele livro cor de laranja, com as folhas impecáveis pelo não uso totalmente proposital, eu aprendi pela primeira vez algo em matemática, depois de longos e árduos dois anos na sala de aula, estudando matemática pelo visor da câmera fotográfica, ou pelas músicas do mp3 de uma amiga. Foi assim o meu último ano na escola, hora após hora, ignorando número após número, querendo estar em qualquer lugar que não tivesse á minha frente um enorme quadro negro, e nem uma professora com menos vontade do que eu. O grande lance em ficar para recuperação é se questionar. Por que eu não estudei o ano todo? Por que eu virei pra trás naquela aula importante e engatei um assunto totalmente desnecessário e antecipadamente repetido, com um amigo meu? Recuperar o tempo perdido, recuperar as aulas não vista, recuperar os números que hoje só ajudam pra marcar hora, datas, combinação de telefone, e quantidade de amigos no orkut. Eu não tenho algo, nunca tive, sendo assim, nunca vou poder recupera-lo. Eu não tenho vontade.
Conquistar o mundo sem conhecer nada dele. Descobrir os mistérios dos determinantes. Viver de um jeito totalmente torto, e mesmo assim, desejando perder mais aulas escrevendo coisas bobas no caderno ou tirando fotos. Montar matrizes, riscar matrizes, apagar matrizes, errar, e ter que começar tudo de novo.
E agora? Quem poderá me defender?
sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007
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Um comentário:
1 - I don't kiss strangers.
Neither do I.
2 - I don't love you anymore. Goodbye,
3 - Hello Stranger.
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