sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Quinta-feira, 31 de Janeiro de 2008

2008. Não carece de meias palavras ou de expressões divididas em fotos três por quatro. O quanto é exagerada só ela mesma sabe em seu distúrbio pós dezoito anos. Elimina as possibilidades de emprego, tem a esperança de uma aliança no dedo. Acorda às três da tarde e toma um copo de café frio, no verão que parece inverno, ela permanece incrivelmente feliz.

Sexta-feira, 26 de dezembro de 2008.

Passado um ano, precisei de fotos divididas três por quatro para embarcar no mar de possibilidades inimagináveis que é uma universidade. Vendei os olhos com as mãos, escolhi um curso e uma estrutura próxima da minha casa e estou lá, no Rádio e na TV da Metodista. E quem sabe nos bares, nas festas, nas viagens...
Outras pequenas fotos meticulosamente recortadas em divisões três por quarto estamparam a azulada carteira de trabalho, aposentada antes do expediente em alguma gaveta de coisas velhas. Bem verdade que outras não saem da minha carteira. Essas são as aposentadas querendo ser usadas, ou seja, as coisas desempregadas. Carta de motorista, muito presente e pouco utilizada. Carteirinha de estudante Universal, que pouco me interessa já que, bem, esse ano não consegui sair do planeta Terra por um desfalque no meu orçamento. Em 2009 pretendo usar todos os meus documentos e tirar segunda via de alguns, tipo O RG, que depois de tantas festas está com ressaca eterna, dividido no meio e amassado. Bom, belo registro geral o meu! Pretendo rabiscar as primeiras páginas da carteira de trabalho, ou, tanto melhor, não precisar dela e fazer teatro para o resto do ano. Buscar a carta definitiva de motorista e me embebedar de multas suicidas nas ruas de São Caetano, e quem sabe, São Paulo!

Os distúrbios pós dezoito anos acabaram quando soprei a vela de aniversário que marcava dezenove. Que comecem, agora, os distúrbios pós dezenove! De fato, já diria o pensador, *Tem coisas que nunca mudam*. Exagerada em tudo, sempre! No amor, na entrega, no medo, na insegurança, na fé desenfreada, na coragem cara de pau, na voz ( em 2009 preciso aprender a poupar as minhas cordas vocais), nos gestos, no cabelo, nos kilos a mais e etc ... É, quando o assunto começa a ficar menos universal e mais pessoal, é melhor colocar um etc e pronto!

Já não elimino as possibilidades de emprego, como aceito propostas para tal! Quaisquer ofertas mandem no meu e-mail.

Termino esse ano, plena. Espiritualmente falando. Conectei de novo o cabo que me ligava ao céu. E o céu, todos os dias me manda um e-mail avisando que lá fora o dia ta lindo. E se não estiver eu vou lá e concerto tudo. Estou mais forte, mais confiante, e mais mulher.

Ainda da série *Tem coisas que nunca mudam*, o meu poder surpreendente de acordar sempre depois das 14 horas. Salvo raras exceções. Eu ia citar algumas, mas tudo é tão vago na minha cabeça... E claro, acentuei ainda mais o hábito de sempre tomar café da manhã quando acordo. Não importando se já se faz noite lá fora. Os cafés continuam sendo frios, na maioria. Odeio café quente!

Como fechamento, vamos brindar o lado material do meu antigo texto! Já que naquela ocasião a aliança fria iria servir para divertidas batucadas na mesa do computador. Também para frear os meus desencontros amorosos, e quem sabe, me presentear com certar estabilidade nos finais de semana.
Hoje, a aliança que tenho no dedo (no esquerdo, diga-se) nada tem haver com a que sonhei no inicio de 2008. Essa tem uma historia, dentro do seu círculo prata. Tem razão de ser, permanecer e marcar quando o bronzeado chegar com mais um verão. Ela é linda, grossa, não incomoda e combinou perfeitamente com o meu esmalte vermelho. E com o preto, e com o rosa, o branco e até quando estou limpa de qualquer cor. Ela é, em si, o presente sempre presente de alguém que às vezes pode estar longe. Ela sempre vai estar aqui, como pedaço do meu melhor presente do ano que acabo de contar. Só notei uma coisa, dias atrás, que precisava registrar: Quando ele está por perto a aliança de prata brilha mais.

Um comentário:

Glauco Mazrimas disse...

Prometo fazer um texto à altura do seu, e que te emocione como o seu me emocionou.