segunda-feira, 19 de julho de 2010

Tudo jogado.

Quase que sexualmente um frio na espinha escalava a espinha dorsal de costas bem protegidas pelo frio. Barrado pelo medo, a sensação morria num desespero inútil por saber que nunca será totalmente único a quem, por quem, a modo de quem, por alguém. Tudo que você sentir agora, ou depois é usurpado e ultrajado de outro momento. Todos que conheço já disseram "eu te amo mais" de uma vez. Mais de uma vez. E então, banalizado está o amor.

O verão foi, o outono foi, o inverno aqui e agora varrendo o pó debaixo da cama, o chá de frutas silvestres, os amigos que morrem de overdose, outroBloco de textos entram com o carro de baixo do caminhão, toma-se vinho chileno, lê-se Virgínia Woolf, vira alguém perante a lei, muda hábitos, corta o cabelo, volta atrás, volta atrás, traça planos, vai no cinema, come menos, come mais, volta atrás, um passo a diante, e num segundo, o verão de novo.

E eu juro (juro!), dia 01 de Dezembro eu corto de vez esse cabelo.

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