sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Vem?
Apressa o passo, atropela o sinal, dirige um carrinho de pipocas e vem correndo. Oferece a face, derrapa em gelatina, ameaça chover e me beija. Troveja em seus olhos, desenha corações de papelão em seus lábios, ande como uma elegância antiquada e tropece no meu nome. Abra o guarda chuva - começou a chover - pula a poça, sorri para o cachorro, escuta o som de vidraças e pede desculpa. O tempo é curto, de manhã chega logo, sugira um bom vinho que eu te mordo em frases lentas. Pegue o jornal da manhã seguinte, o horóscopo diz que é amor eterno, você diz que a cor é o amarelo, eu quero o silêncio do seu modo de sorrir. Buzina de automóvel, você demora a chegar, se enrosca em qualquer olhar de perigo e por alguns segundo esquece que eu existo. Longe de mim, perto do cobrador, ônibus quebrado, amor adiado, o tempo abriu. Revela a fotografia, compra uma flor, desenha toda a garantia de uma vida no meu peito, com giz de cera e fita de cetim. Eu quero muito você pra mim.
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