quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Maria de Maria.

E dessas marias, ditas marias que vivem dentro de mim, que se encontrem em algum lugar distante das horas que a mim caminham, e que possam fazer do eterno a contradição do futuro, em que o passado é mais importante, pois há diz quem é. Que o meu tempero que trago por debaixo da língua seja tão somente dividido quando devido valor á ele for dado, já que só meu é o sabor na qual não lhe entregarei. Que as noites me escondam da lua, e que os dias me aproximem do sol, pois da lua precisaria de um amor, e do sol tenho o brilho incalculável de uma jóia que a ela não se paga nada. Ouvir cada tecla do piano, e acompanhar cada lágrima do ator, a essas Maria desejo a sensibilidade de um assovio distante, como a de um pássaro que só lhe resta cantar. Dos caminhos que hei de seguir, religiosa serei, aos meus próprios passos que fieis vivem a me seguir. De todas as marias um João qualquer dedicará poesia e frases de amor, quando se declarar tão somente dela, como a dor é tão somente do tempo. Uiva o tempo lá fora, e as gotas deslizam nas janelas mais abertas, ao mesmo que a porta fechada nada diz. Ah, se tudo que dentro de mim fosse visível, os puderes e limitações berrariam ao mundo e ecoariam por perto de mim mesma, me fazendo ser o que não sou. Posso aprender a cantar como desaprendo a amar, da mesma forma que meus olhos não são de outra cor, e as minhas tranças são esfarrapadas. Maria há de viver a vida como deve, e já que não se deve de jeito algum, ela fará de sua vida sua estadia em tudo que de bom esse mundo tem a lhe mostrar.



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