A vida como tem sido.
Dizem que a felicidade é passageira, por isso que agarrei a do momento pelas pernas e a colocarei da forma mais simples nesse blog.
Começando bem: não sei como escrever que to ao mesmo tempo super confiante e medrosa com a nova peça. Mudar assim exige disposição e habilidade (já diria o grande Mc Créu, não é?). Exige mudar não só a sua consciência de artista em formação como a de ser humano e cidadão, os dois últimos que infelizmente já foram formados e podados desde que eu coloquei meus pés no mundo. São também os mais difíceis, durões e adormecidos. Enfim, o que temo é uma mudança supérflua, mesmo eu sabendo que é extremamente essencial. O que me causa satisfação é o meu repertório como atriz (termo no qual ainda não consigo pronunciar com naturalidade) que vai aumentar drasticamente, mas não só isso, nunca só isso. O umbigo é importante pra profissão, mas que seja apenas um meio para justificar os fins.
Esse ano deixou de ter como prioridade a parte afetiva quando eu resolvi namorar com um menino por dezesseis dias e achar isso totalmente natural. Não é e não foi. Nem que eu tivesse em Las Vegas uma bobagem dessas seria justificável. Pois é, mas sempre alguém tem nas mãos um salvo conduto que me dá esperança. Existe uma palavra economicamente perfeita (pouco afetiva), mas que pode resumir um turbilhão de sentimentos: investimento. Que horror tratar algo com esse termo, mas não to afim de dizer que eu acho que um dia eu estarei tão junta de você que qualquer outro investimento será descartável, mesmo que as ofertas sejam grandes, não há mais ninguém na validade atual que esse texto exerce que supere um terço do que você vem sendo. E o melhor e diferente: o que será. Nada supera a incerteza de um futuro distante, mas que no próprio presente já causa grande felicidade (de novo a tal), e até um sorriso retardado que flagrei de mim mesma hoje no chuveiro.
Essa semana eu vou ver metade das pessoas que não mantenho mais contato, mas esses encontros me deixam livre pra reformular a frase: Essa semana eu vou ver metade das pessoas que não mantenho mais TANTO contato. Aliás, uma palavra boba pode mudar o curso natural das coisas e te abrir um leque de possibilidades. Um número de telefone chamado á cobrar no meu celular esses últimos meses, não atendido, me mostrou o quanto tenho sido mais orgulhosa com amizades. Comparando de como eu era antigamente não considero isso ruim, já fui muito presa aos outros, mas os mesmo mudam e não podem me levar no caminhão de mudança sempre que eu quero. Fato superado. Verei a amiga amanhã, sem celulares, sem computadores, mas com um abraço igualmente perfeito e diagramado. Depois do começo de amanhã, quinta-feira, será um encontro atrás do outro. O interessante é que agora já sei o que fazer com o final de semana, e parece que depois dele qualquer coisa que vier será muito bem aceita. Estarei livre e completa, amando amizades sem cobranças e silêncios constrangedores.
Tenho amado as músicas que escuto, os livros que leio, a pouca comida que como e as roupas que uso. Não tenho importado se meu nome aparecesse na lista de felicidades de outras pessoas, porque no momento meu ego voltou ao lugar que sempre pertenceu: á mim! E com nível elevado, licença. Chata e metida, mas dizem que a felicidade é passageira, melhor eu aproveitar.
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