segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Maria esparramada no sofá, beirando cair, pêndula nos braços de que nunca temeu a queda.

Cabelos dela preso em mãos tuas.

Maria desmanchava no sofá, compartilhando segundos de plenitude.

Eles se olhavam tão de perto, e na ótica de Maria os dois se misturavam e se tornavam par.

Beijavam em toques leves de lábios as mãos que chegavam ao seu rosto.

Maria de longe parecia estranha.

De perto Maria queria morder os olhos dele,

E em cima dos olhos o cabelo para todos os lados,
em cima dos cabelos o teto,
em cima do teto o céu e estrelas,
e depois disso ...

Maria não soube me explicar.

Cada abraço precisava de longos minutos de respiração, para rápidos segundos de inspiração.

Cada beijo que davam, diziam coisas sem palavras.

Perguntou á Maria o que sentia quando leu teu texto sobre eles.

Maria só pode abraçar e sussurrar.

- Isso.

A noite se estendeu para a madrugada, levantou o sol e virou dia.

Maria resolveu se explicar.

Quando meu coração leve bate lento, são os barulhos, os esbarrões e os sentidos de te ter ao meu lado. Parar você em algumas linhas é complicado, dá vontade de sair correndo de cada letra e chegar ao seu lado. O coração, também, bate forte e rápido na tentativa falha de te encaixar em qualquer coisa que já tenha existido pra mim. Não é porque os outros deram errado, é porque você parece ser o certo. Na descoberta do novo, do único, o coração vive em paz e alegria, toca notas desconexas e se torna música.

No compasso latejante Maria ainda não conseguiu dizer o que tanto precisa.

Mais do que dizer, ela precisa sentir tudo por ele.

E se sentir nele.

Para que ele se sinta nela.

Maria mandou dizer que sente, sente muito.

Sente você.

Um comentário:

Glauco Mazrimas disse...

Não precisa se explicar.
Sentir já é o bastante para por em gestos o que os dedos ligeiros no teclado não conseguem traduzir dos sentimentos pulsantes.

Eu sinto você.
Sinto Muito.
Sinto Sempre.
E Sinto Hoje.

beijo minha lindà.