sexta-feira, 27 de julho de 2007

Caverna.

Pequena pela própria natureza, era ela, menina que queria voar. Sobre a ponta dos seus dedos apoiava-se o seu mundo, que ao contrário dela, era gigante. Ouviram ás margens do precipício o seu grito de liberdade. De seus berros sobrou o eco. Da sua vida sobrou saudade. Abria os braços e sentia tudo que vivera até ali. Cada fim de festa, cada começo de namoro, cada gota de chuva que sentia antes de começar a chover. Menina de sonho intenso e raio vívido, da cara pintada e do sorriso largo, da luta, da glória, do fim. A menina que fez sua vida voar para um lugar que outros olhos não percebem. Com toda a rapidez, fugiu, e se escondeu dentro de si mesma.

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